sábado, 13 de agosto de 2011

Tudo

Parece que o tempo não passa. Aliás, passa sim, e muito rápido. Mas não digo tempo cronológico Verum Factum. Digo o meu tempo, os meus acontecimentos, minhas realidades. Tudo se torna tão presente, tão aqui, ao lado. O tudo, aquilo que eu não queria mais ter comigo. Aliás, sim queria. Mas as condições naturais do ser e do existir não permitem. Me faz bem e mal esse tudo.  
   Tudo de realidades, tudo de incertezas. Tudo de arrependimentos. Não que seja lamentar-se, mas o peso de consciência é fantasma imperscrutável. O tudo desaba a cada momento. Mas é condição. é consequência. É ser.
   E porque nada volta atrás. E porque a saudade dói demais. E porque o desejo de inventar falsas "modas pessoais" é grande. E porque o querer  ter de novo se faz presente assombravelmente, incontestavelmente, detestavelmente, amavelmente. Na dúvida, na certeza, na falta, na criação. Na vontade, no desejo, na ância. Na esperança. Ou quem sabe, no horizonte.                                                                                                                
                                                                                                                                   Pedro E.

Um comentário:

  1. Pedro, fiquei encantado com o que li aqui. Você escreve muito bem, parabéns. Texto com subjetivismo ...” O tudo, aquilo que eu não queria mais ter comigo. Aliás, sim queria.”
    E porque nada volta atrás. E porque a saudade dói demais.”
    Nosso eu tende a ficar preso no passado, mas devemos, mesmo com dor, seguir em frente e acreditar que muitas coisas boas virão!
    Grande abraço

    ResponderExcluir